domingo, 30 de outubro de 2011

Solteiros e felizes


Homens e mulheres que vivem sozinhos, mas não solitários



O homem é um ser social e tem necessidade de estar com outras pessoas em eventos coletivos, que são representados pela família, amigos, trabalho e lazer. Mas ele também preza pela sua individualidade. Nem sempre uma pessoa está preparada para um relacionamento amoroso, por isso, estar solteiro é apenas um estado civil e não uma condição para a solidão.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2007, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que as pessoas que moram sozinhas, chamadas de famílias unipessoais, representam 11,1% da população do País, e que 50,2% delas têm até 59 anos de idade.
Não são só os divorciados, viúvos e aposentados, depois de uma perda ou separação, que preferem morar sozinhos. Muitos jovens e adultos também optam por essa condição e são felizes assim. Eles não cedem à cobrança e pressão da sociedade, e esperam o momento e a pessoa certa para dividir sentimentos e responsabilidades.
A secretária Sandra Silva, de 48 anos, afirma que a solteirice para ela nunca foi sinônimo de solidão. “Ser solteira tornou-se uma opção de vida por não encontrar uma pessoa que despertasse em mim o verdadeiro amor e que correspondesse às minhas expectativas de vida. Sou feliz, pois creio que a felicidade não depende única e exclusivamente de se ter um relacionamento amoroso, e sim de ser bem resolvida com você mesmo de saber o que você espera da vida. Além de ter um bom relacionamento com amigos, familiares e no ambiente de trabalho, e gostar do que você esta fazendo e fazer tudo isso da melhor forma que for possível”, declara.
Segundo a médica ginecologista geriátrica e sexóloga Ângela Carvalho, idealizadora do grupo de vivência entre mulheres, “Curtindo a vida de solteira numa boa”, uma pessoa pode estar ou morar sozinha, enquanto atende a outros objetivos prioritários. “Seguramente, ser solteiro não é sinônimo de solidão. Claro que se a pessoa for sociável, tudo fica mais fácil. Mas se ela tem prioridades como dar mais atenção à vida profissional e consolidar carreira, a construção de um relacionamento sério e de uma família será uma decisão mais tardia”, diz.
A busca pelo par ideal parece ser inerente a todo ser humano, que realmente tende a ser mais feliz a dois. Mas, muitas vezes, a ânsia por ter alguém ou o medo de estar só leva algumas pessoas a se precipitarem na escolha do parceiro (a), e enveredarem por uma relação que pode trazer mais decepções que alegrias.
O objetivo de encontrar alguém e formar uma família é e sempre será a grande meta do homem, seja por convicções religiosas ou até mesmo por instinto natural. Mas, enquanto não se encontra o par ideal, é importante ser feliz primeiramente consigo mesmo, para que a fase de solteirice não seja considerada como um fracasso, e também para não projetar apenas em terceiros a possibilidade de ser feliz.

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