quarta-feira, 29 de junho de 2011

Perseguição: Templo da Igreja Universal do Reino de Deus é incendiado por manifestantes no Senegal


No último dia 27, milhares de manifestantes senegaleses incendiaram prédios do governo e igrejas cristãs, incluindo a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), na capital Dacar.

Os protestos começaram após o presidente, Abdoulaye Wade, estipular várias modificações na lei eleitoral do Senegal, com o objetivo de aumentar a possibilidade de candidatura para um terceiro mandato nas próximas eleições, em fevereiro de 2012.

Na lei atual, enquanto são necessários 50% dos votos para que o candidato vença no primeiro turno, com a mudança, seriam precisos apenas 25% para a vitória. Essa alteração, dentre outras, de acordo com críticos do governo, seria uma estratégia do presidente para se ver livre de um segundo turno e, ao mesmo tempo, fazer de seu filho, Karim Wade, e atual ministro, o seu sucessor.

Como se não bastasse, devido aos ataques, a região está passando por vários cortes de energia, prejudicando assim, a economia e a vida dos moradores locais.

Tudo isso causou alvoroço entre os manifestantes, que foram às ruas provocando uma série de atentados contra escritórios do governo e igrejas cristãs. Mais de 100 pessoas ficaram feridas com os protestos.

Ataque à IURD

No dia anterior, 26, uma igreja cristã foi atacada, deixando um morto e vários feridos. A esposa de um pastor e o filho deles estão desaparecidos. No dia seguinte, cerca de mil manifestantes atacaram a igreja sede, por volta de 21h30, roubando o que viam pela frente e queimando tudo o que não podiam levar. Até os documentos da igreja foram destruídos.

No mesmo dia houve outros ataques a outras Igrejas Universal, deixando duas delas queimadas e saqueadas.

Terror


“A gente comunica a polícia, mas eles dizem que não têm homens suficientes. Somente no dia 27, por volta das 21h, o exército apareceu com carros de combates para proteger a Igreja, depois que queimaram o que sobrou. As fotos (veja a galeria) foram tiradas minutos antes do segundo ataque. Neste momento, não sei o estado exato da Igreja, mas estamos sendo ameaçados de morte. Não podemos aparecer por lá. No momento, estamos sem a proteção das autoridades; só, claro, com a proteção de DEUS.

É guerra contra o inferno. Esta é a minha profissão!”

Bispo Valente Luis, responsável pelos trabalhos evangelísticos no país.


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