Em julho de 2010, a Procuradoria-Geral da República de Portugal recebeu uma denúncia do Ministério Público de São Paulo apontando que pessoas e empresas ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus estavam sendo investigadas por lavagem de dinheiro e “desvio de valores, para enriquecimento de particulares”, de acordo com o documento da MP.
Pelas acusações dos promotores paulistas, havia indícios de que parte da suposta operação passasse por contas correntes de bancos da capital portuguesa, Lisboa, e da Ilha da Madeira. Mas a Procuradoria-Geral de Portugal isentou completamente a Igreja Universal de qualquer crime financeiro e a denúncia do Ministério Público de São Paulo foi arquivada.
A Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária de Portugal, incumbida do caso, investigou durante um ano as alegadas irregularidades da Igreja Universal junto a instituições financeiras, à direção geral de impostos e à Justiça e nada encontrou.
Num relatório de outubro do ano passado, a inspetora Ana Matias afirma que havia “nítida escassez de elementos consistentes em relação à prática de qualquer crime”. Em outro documento, de janeiro deste ano, o Departamento de Investigação e Ação Penal do Ministério Público concluiu que o inquérito visava investigar um crime sem nenhum indício e mandou arquivá-lo.
No documento, a Procuradoria portuguesa comunica que o pedido de investigação feito pelo Ministério Público paulista tem “como base informações vagas e fatos ocorridos há cerca de 20 anos”. Segundo Martim Menezes, advogado da Universal, nenhum representante foi indiciado ao longo da investigação, que acabou arquivada pelo Ministério Público.
“A investigação não passou de uma fase preliminar e não achou nada que pudesse indiciar alguém”.
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